quinta-feira, 5 de março de 2015

Dias difíceis...

As coisas não vão bem. Pudera, quando encontro a paz, encontro a saudade. Saudade dos dias juntos de você. Mudanças, da vida, do trabalho, da família, da casa, do mundo; tudo muda, mas o coração permanece aqui, intacto, é como se alguma barreira cheia de espinhos impedissem qualquer um de chegar até o meio. Porque ele não precisa de qualquer um, ele precisa de você, que já mora há um bom tempo aqui, é seu lugar... Sabia? Tem amor, cuidado, carinho, é como se tudo mudasse, menos isso. O amor não muda. Amor é amor, ele nasce, se planta e pronto, ta ali, maduro... As vezes cai algumas folhas, uns pedaços, mas tá firme! Cria raízes, raízes essas das quais não sei como tirar, profundas... E fundas. Até dói as vezes, e que raio de amor é esse que causa dor? Ah! A dor provém da saudade, não do amor, é isso, né Deus? Se não pode tirar de mim o amor, ao menos tire a saudade... Saudade dos dias juntos de você. (repetindo de novo a frase dos dias juntos, porque os dias separados são incrivelmente chatos, tediosos e tristes). Se a saudade pode viver juntinha de mim, porque o amor não? Logo ele, cheio de raízes... Ta decidido, cortar o mal pelo raiz nem sempre funciona, mas vai que de alguma forma, aos poucos, enquanto as raizes são extraidas, o amor vai indo aos poucos embora também... O único problema é a saudade não cria raiz, mas cria algo muito forte na gente chamada tristeza. Saudade é o que fica de alguém que não pode ficar. E que triste a sua ida... Que difícil, que doída. Na alma, a alma sente dia e noite a dor da sua ida. E o coração... Ah, o coração nem sabe mais dizer o que sente, decidi por não mais ouvi-lo, só confundia mais ainda meus dias solitários e frios. Ele só sabe me dizer: "Ei, você sabe que esse vazio e buraco aqui dentro tem o tamanho da sua saudade, vai lá, não deixa isso passar não..."
Coração, sempre tão bobo e sem saber exatamente de nada. Cabeça, mantenha-se assim, pensando na alma. O coração não sabe o que diz...

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