quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Difícil...

E sempre no final daquela nostalgia havia esperanças. Esperanças de tudo mudar, esperanças de tudo dar certo mas no fundo eu sabia que pensava errado. Não valia à pena esperar por algo que provavelmente nunca irá acontecer, não valia à pena esperar por você e muito menos esperar que um dia existisse nós dois […] É tão difícil aceitar não ser sua, é ruim saber que você irá ficar com outra e é mais difícil ainda saber que eu nunca tive importância pra você.

domingo, 8 de janeiro de 2012

Um dia, novamente.

Eu te amei muito. Nunca disse, como você também não disse, mas acho que você soube. Pena que as grandes e as cucas confusas não saibam amar. Pena também que a gente se envergonhe de dizer, a gente não devia ter vergonha do que é bonito. Penso sempre que um dia a gente vai se encontrar de novo, e que então tudo vai ser mais claro, que não vai mais haver medo nem coisas falsas. Há uma porção de coisas minhas que você não sabe, e que precisaria saber para compreender todas as vezes que fugi de você e voltei e tornei a fugir. São coisas difíceis de serem contadas, mais difíceis talvez de serem compreendidas — se um dia a gente se encontrar de novo, em amor, eu direi delas, caso contrário não será preciso. Essas coisas não pedem resposta nem ressonância alguma em você: eu só queria que você soubesse do muito amor e ternura que eu tinha — e tenho — pra você. Acho que é bom a gente saber que existe desse jeito em alguém, como você existe em mim.
(Caio Fernando Abreu)